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Com o isolamento social, todos passaram a ficar muito mais em casa e, consequentemente, a decoração de interiores ganhou um destaque surpreendente. Conforme os olhares se voltaram para dentro dos lares, a busca por mais conforto e personalida [...]
Com o isolamento social, todos passaram a ficar muito mais em casa e, consequentemente, a decoração de interiores ganhou um destaque surpreendente. Conforme os olhares se voltaram para dentro dos lares, a busca por mais conforto e personalidade nos ambientes se tornou cada vez mais evidente. Foi assim que a pintura orgânica se tornou uma das grandes tendências de decoração em 2020.
Diferentemente das tintas orgânicas — materiais sustentáveis, que não agridem o meio ambiente e não interferem na qualidade de vida almejada pelos moradores e usuários do local onde a tinta é aplicada —, a pintura orgânica está muito mais relacionada à expressão artística e à liberdade de criar ambientes personalizados por meio do uso das tintas.
Neste artigo, listamos algumas dicas para que você também participe dessa tendência e crie verdadeiras obras de arte em seus projetos! Vamos lá?
1. Análise do espaço
Primeiramente, é preciso definir qual será o espaço utilizado para a pintura orgânica. É uma parede inteira ou parte do cômodo? Você fará um desenho com o fundo neutro ou pintará toda a extensão do espaço escolhido de outras cores? Nessa análise também é importante considerar todos os elementos que compõem a decoração do ambiente, afinal, a arte é livre, mas é preciso harmonizar as cores e escolher composições que não prejudiquem a visão de todo o contexto.2. Preparação da superfície
Saiba que o resultado da pintura está condicionada à qualidade da superfície em que a tinta será aplicada. Por isso, antes de colocar a mão na massa e pintar o cômodo todo, é preciso preparar a superfície para que ela esteja lisa, sem buracos, nervuras e, principalmente, sem outra cor que possa interferir no resultado almejado. Há casos em que a parede tem gordura acumulada, principalmente quando tratamos de cozinhas. Nessa situação, é importante usar detergente neutro para sujidades mais fáceis e desengordurante para gordura acumulada durante a lavagem. Depois da parede limpa, é preciso cobrir os buracos e outras deformidades com massa corrida ou acrílica. Depois de aguardar a secagem do material, a lixa fina deve ser utilizada para homogeneizar a superfície. Paredes descascadas também devem ser lixadas ou raspadas com uma espátula até que toda a parte oca tenha sido removida. A cobertura do espaço também deve ser feita com massa corrida ou gesso.3. Aplicação do selador
A parte de preparação da superfície que receberá a pintura não acaba com a limpeza, raspagem ou remoção dos buracos e imperfeições. O próximo passo é aplicar um produto com função de selador, que garante a aderência, aparência e durabilidade da tinta escolhida. Esse passo ajuda muito na hora da pintura.4. A escolha das cores
A cor base do projeto é essencial nessa etapa. Todo profissional da área sabe a importância da cor para os projetos: é ela que determina a profundidade do ambiente e desperta sensações como conforto ou agitação, por exemplo. Além disso, a cor de base será o elemento-chave para a harmonização das paredes com os demais elementos do ambiente, principalmente se nessa composição a escolha é baseada em degradê.5. Tipos de tintas
Existem vários tipos de tinta, desde as antimofo até as com ação antibactericida. Algumas dessas características devem ser escolhidas conforme as demandas do projeto, mas o principal fator que deve ser considerado é o ambiente em que a tinta será aplicada. Por exemplo, se a parede está na cozinha ou banheiro, é preciso escolher uma tinta resistente a umidade, assim como para áreas externas com incidência de intempéries. Veja alguns tipos de tinta abaixo: acrílica: pode ter acabamento fosco, semibrilho e acetinada. É indicada para pinturas de ambientes internos e externos de alvenaria, gesso, cerâmica porosa, reboco ou concreto; látex ou PVA: tem acabamento fosco. É indicada para pinturas de alvenaria, madeira ou gesso de áreas internas; óleo: pode ter acabamento fosco ou brilhante. É comumente usada em móveis e portas de madeira e aço; esmalte: pode ter acabamento em alto-brilho, acetinado ou fosco. É indicada para superfícies de madeira ou metal de elementos acomodados em áreas externas; epóxi: indicada para azulejos, pisos e materiais produzidos com fibras de vidro.6. Escolha das cores secundárias
Para não errar na composição das cores secundárias, use o quadro de cores análogas e complementares. Além disso, tenha em mente algumas características do ambiente para embasar a sua decisão. Por exemplo, cômodos com grande incidência de luz natural tendem a valorizar as cores. O tipo de iluminação artificial do ambiente também influencia na percepção das cores. Enquanto a iluminação incandescente ressalta tons quentes, a fluorescente exalta o tom azul. A intenção da pintura também deve contar nessa escolha. Espaços mais ativos, que têm grande circulação de pessoas e execução de atividades, podem incluir cores mais intensas, enquanto ambientes que demandam calma pedem por tons pastéis.
